Mediunidade e Crescimento Pessoal

Consideração observada judiciosamente em O Livro dos Espíritos define que todos  somos capazes de sentir, em diferentes níveis de percepção e intensidade, a influência de outro espírito e, por essa condição, somos médiuns.

Médium, então, é a condição natural de sensibilidade comum a todos e se processa por intermédio dos órgãos físicos, do corpo humano. Não é privilégio de ninguém e não pertence a nenhum segmento de fé religiosa. Antes de qualquer classificação de dom extraordinário é mecanismo de absorção e de projeção de energias que vibram no íntimo de todas as coisas e dá a todas elas o recurso mecânico de se manterem vivas por meio desse dar e receber contínuo de forças eletromagnéticas, sem o qual a vida pereceria. Nem só de pão vive o homem, ensinava Jesus.

Já há algum tempo cientistas estudam as radiações emitidas pelos minerais, colecionam informações sobre o efeito demonstrado pelos vegetais reagindo a tudo o que acontece no ambiente onde estejam, demoram-se catalogando dados a respeito do comportamento dos animais além do que é compreensível dentro do conhecimento humano. Indagam, questionam, analisam as ações onde as pessoas, homens ou mulheres, adultos ou crianças, cultos ou ignorantes, ultrapassam os limites dos sentidos físicos e das possibilidades conhecidas da matéria, efetuando realizações extraordinárias, fantásticas. A vida de Jesus, entre nós, nos atos por ele efetuados, foi toda de ações  dessa natureza, ensinando-nos por exemplos a existência desses fatos e  nos ensinando que também a nós outros aquilo era possível.

O Espiritismo cumpre seu papel esclarecendo o “como” e o “porque” e através desse conhecimento libertando-nos do medo e da limitação pessoal, em grande parte filhos do nosso próprio desconhecimento do assunto e da maneira ainda um tanto mística com o qual ele é tratado. Entendemos aqui nosso crescimento como nossa capacidade natural de nos conduzirmos pela vida conhecedores de nós mesmos, de nossas virtudes, nossas limitações, de nossas possibilidades e, por força desse saber de si mesmo, entrar em comunhão consciente com a Vida e com as manifestações de Deus, segundo nossa possibilidade. Mais uma vez, nosso mestre, Jesus: “Eu e o Pai somos um”.

Sintetizamos essas observações, grafando as palavras de Emmanuel, psicografadas por Chico Xavier em o livro “Vinha de Luz”, no capítulo 11: ... “ – Cada espírito guarda seu próprio tesouro e abrirá suas portas à comunhão com o Eterno Pai....

 Swame Rodrigues.