04/08/2011 16:56

Formação do Espírita

 

 

             

Em Moisés, o marco da iniciação do processo coletivo de desenvolvimento do conhecimento humano a propósito de Deus,  do Homem e da Vida,  mas ainda restrito aos lugares fechados dos templos religiosos e contido na conveniência da necessidade social.

Em Jesus, o cumprimento das promessas celestiais trazendo o Amor Puro ao charco pantanoso e sombrio produzido pelo Homem em sua luta pela sobrevivência e pela busca da Felicidade que seu coração roga, pede, anseia.

Em Jesus a parcela da Humanidade, da qual ainda hoje fazemos parte, recebia então a confirmação daquilo que o sentimento coletivo aguardava. Sabíamos, agora no  palco das experimentações afirmativas da nossa construção espiritual – a vida como encarnados – da real existência da Verdade.

Em Kardec, o cumprimento da promessa do Cristo enviando-nos o Consolador, restabelecendo seus ensinamentos  e estendendo-os, abrindo-nos a possibilidade de – como encarnados – começarmos a viver como Espíritos Eternos, conscientes da nossa realidade individual e coletiva.

Em Chico, a continuidade do trabalho dos Espíritos Benfeitores, sob a égide do Nosso Mestre Jesus, ampliando o volume de informações e demonstrando  com lógica e  razão, com equilíbrio e profundidade, a vida em sua dimensão espiritual.

Revelando  a  condição do Individuo e suas Potencialidades.

Somos nós os herdeiros desse tesouro de absolutamente incalculável valor.

Conhecemos hoje que somos nós os Senhores, os detentores plenos da capacidade e da responsabilidade da edificação das nossas vidas.

Vale-nos então a reflexão: até onde vai a nossa consciência desse fato e o  que fazemos a respeito?

“Conhecereis a Verdade e  a Verdade vos libertará!”

Buscamos, ainda hoje, a liberdade espiritual ou a prisão dos  interesses do egoísmo e do orgulho?

O que fazemos do conhecimento que nos foi oferecido.

De que forma temos cuidado da Formação do Espírita.

Sabemos todos, por informação da Espiritualidade, que a educação do espírito no plano material começa  no momento em que este inicia a formação do seu novo corpo físico, contando aí  já com  o concurso efetivo de seus pais.

Após o seu nascimento, até complete sete anos de idade, absorve com maior facilidade orientações que irão   auxilia-lo  em sua existência, nas suas escolhas, interferindo em seu atavismo espiritual e mesmo em seu caráter.

Sucessivamente, de etapa a etapa, da infância à pré-adolescência, à adolescência, à juventude, à maturidade e à velhice, alteramos o foco das nossas necessidades e dos nossos objetivos, E aprendemos a respeito daquilo que a existência nos habilita a aprender, sob o abrigo do tempo.

E como aprendemos ou o que fazemos do conhecimento que adquirimos?

Sabemos que o conhecimento disponibilizado por Nosso Mestre Jesus e pelos seus Discípulos Amados é universal e atemporal, e irá transformar-se em Sabedoria, acompanhando-nos na Eternidade.

Mas onde identificaremos o nosso zelo com os talentos que nos tem sido concedidos?

Temos observado os cuidados necessários para com os nossos irmãos em fase de retorno ao plano material. Emmanuel e André Luiz nos esclarecem que os regressos ao nosso plano de vida são meticulosamente cuidados para que nada nos falte. Coletivamente tivemos a felicidade de acompanhar seus relatos a respeito das ações que a espiritualidade desenvolve a esse respeito. Temos até o conhecimento da – palavras de Emmanuel – “cartilha” “Pensamento e Vida”, que alguns reencarnantes estudam antes de voltarem para cá.

Reconhecemos a criança, o jovem, o moço, o adulto, o velho em suas condições temporais e procuramos, nós que somos as instituições espíritas, sermos a criança, o jovem, o adulto, o idoso, quando os acolhemos e tratamos das questões doutrinárias?

Dizem alguns  pensadores que ensinar é aprender junto.

O que encanta a criança  por vezes enfada o jovem, aborrece o adulto e desilude o idoso

A criança brinca, o jovem descobre, o adulto vivência e o idoso compreende.

Temos, por dever e por necessidade, de desenvolvermos a competência de oferecer  educação espírita doutrinária continuada.

Que acolha nosso irmão que volta ao plano material.

Que brinque com a criança.

Que auxilie o jovem em suas descobertas.

Que acompanhe o adulto em suas experiências.

Que se faça  luz, na compreensão do idoso.

Temos em mãos o material necessário, pois iniciamos nossa conscientização com Moisés, edificamos nossa consciência espiritual com Jesus, recebemos  a base do conhecimento da vida espiritual com Kardec e aprofundamos esse conhecimento através do trabalho do nosso Chico e de inúmeros outros companheiros.

Não nos descuidemos jamais deste aspecto das nossas necessidades.

Amanhã reconheceremos nossa colaboração na dor ou na alegria, no desespero ou na fé, no sofrimento ou na paz, no mal ou no bem, em nós ou em nossos irmãos.

Formação espírita é formação cristã.

Não é tarefa de um dia, ou de uma existência.

Mas é trabalho ao qual se deve aplicar esforço e dedicação constantes.

Para que nos libertemos da dor e do sofrimento..

Para que aprendamos a ouvir e entender.

Para que saibamos ver e compreender.

Para que possamos nos amar.

 

Swame Rodrigues.

 

 

 

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